Benjamin Chaves, posteriormente conhecido como Benjamin de Oliveira, nasceu em Pará de Minas, no estado de Minas Gerais, no dia 11 de junho de 1870. Foi o quarto filho de Malaquias Chaves e Leandra de Jesus.
Aos 12 anos, fugiu de casa com o Circo Sotero, onde começou a trabalhar como trapezista e com números de acrobacia. Do artista Severino de Oliveira, seu orientador no circo, adotou seu novo sobrenome, mas abandonou a trupe três anos depois. Benjamim passou por vários circos ainda como acrobata até estrear como palhaço, numa turnê no interior de São Paulo, ao substituir o artista original, que estava doente.
Benjamim de Oliveira foi uma das mais importantes figuras do mundo do circo, o primeiro palhaço negro do Brasil e, de acordo com o pesquisador Brício de Abreu, o primeiro palhaço negro do mundo.
Em 1892, ingressou no circo do português Manoel Gomes, conhecido como Comendador Caçamba. Foi nesta ocasião que o palhaço conheceu um ilustre frequentador do Circo, e dele tornou-se amigo, segundo afirma o pesquisador Nei Lopes. Esse admirador era o então presidente Floriano Peixoto.
Por volta de 1896, conheceu Affonso Spinelli. Até os anos 30, Benjamim atuou no Circo Spinelli, período que correspondeu aos seus anos de maiores glórias. Entre 1907 e 1912, o já popularíssimo palhaço Benjamim de Oliveira gravou cançonetas, lundus e modinhas em seis discos pela Columbia Records. Nos entreatos do circo, cantava acompanhado de um violão.
Até 1938 foi o principal nome do circo brasileiro, atuando no Circo Spinelli como palhaço e como ator teatral em diversas peças, promovidas como complemento da sessão circense. O circo-teatro teve o seu auge entre os anos de 1918 e 1938, sendo introduzido no Rio de Janeiro por Benjamim, que começou com paródias de operetas e contos de fadas teatralizados, chegando à apresentação de peças de Shakespeare. Essa versatilidade fez com que a obra de Benjamim de Oliveira marcasse uma revolução no circo brasileiro. Foi aclamado como o rei dos palhaços no Brasil e respeitado no teatro.
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