Palavras e expressões racistas!

Palavras dizem muito sobre a história e a cultura de uma sociedade.
Entre sutilezas, brincadeiras e aparentes elogios, a violência simbólica se amplia quando expressões como estas são repetidas:

“Cor de pele”
Aprende-se desde criança que “cor de pele” é aquele lápis meio rosado, meio bege. Mas é evidente que o tom não representa a pele de todas as pessoas, principalmente em um país como o Brasil. 
“Doméstica”
Negros eram tratados como animais rebeldes e que precisavam de “corretivos”, para isto acontecer, eles apanhavam para serem “domesticados”.
“Meia tigela”
Os negros trabalhavam à força e quando não conseguiam alcançar suas “metas” recebiam, como punição, apenas metade da tigela de comida e ganhavam o apelido de “meia tigela”, que hoje significa algo sem valor e medíocre.
“Mulata”
Na língua espanhola, referia-se ao filhote macho do cruzamento de cavalo com jumenta ou de jumento com égua. Desta cruza nasce a “mula”.  A enorme carga pejorativa é ainda maior quando se diz “mulata tipo exportação”, reiterando a visão do corpo da mulher negra como mercadoria. A palavra remete à ideia de sedução, sensualidade.
“Moreno(a)”
Racistas acreditam que chamar alguém de negro é ofensivo. Falar de outra forma, como “morena” ou “mulata”, embranquecendo a pessoa, “amenizaria” o “incômodo”.
“Cabelo ruim”
Cabelos “rebeldes”, “cabelo duro”,  “cabelo ruim”, “carapinha”, “mafuá”, “piaçava” , “pixaim” e outros tantos derivados depreciam o cabelo dos negros. Por vários séculos, causaram a negação do próprio corpo e a baixa autoestima entre as mulheres negras sem o “desejado” cabelo bom ou  liso. Nem é preciso dizer o quanto as indústrias de cosméticos, muitas originárias de países europeus, se beneficiaram do padrão de beleza que excluía os negros.
“Denegrir”
Sinônimo de difamar, possui,  na raiz o significado de “tornar negro”, como algo maldoso e ofensivo, “manchando” uma reputação antes “limpa”.


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